Seria “chover no molhado” dizer que adoro as redes sociais. Não só pelo aspecto empresarial, mas especialmente pelo o que as pessoas fazem a partir do momento em que têm a possibilidade de usá-las para se comunicar.
Ontem a frase “Menos Luiza, que está no Canadá”, mostrou mais uma vez como as redes sociais têm poder. Obviamente neste caso, é um poder sem efeito nenhum (poderíamos usar este tempo para protestar contra o governo, blá, blá, blá, como diriam os mais ‘engajados’), apenas o de fazer rir (o que para mim é o mais poderoso). O mais engraçado nessa história toda é que algumas piadas se tornam enormes piadas internas.
O episódio da Luiza lembrou muito outro episódio, o “Aham Cláudia, senta lá”, que entrou para o vocabulário das redes sociais. Este tipo de piada interna mostra como as redes sociais permitem que as pessoas se aproximem, como se todas estivessem no mesmo ambiente, rindo da mesma piada.
Quem não está ligado ao meio, acaba não entendendo porque a Luiza está no Canadá ou quem é a Cláudia que deve sentar e, muito menos, acham graça nisso. Em um dos capítulos do livro “Um passarinho me contou”, da Rosana Hermann, ela fala sobre as grandes piadas internas que abrangem todo o país e se espalhando por aí. Indo além, os memes tão presentes em sites como 9gag, por exemplo, contam uma piada interna internacional e as tirinhas feitas no Paint ganharam espaço nas timelines pelo mundo.
Isso tudo prova algumas coisas (que todos já sabem):
- Sem contexto, uma piada não tem graça;
- Com as redes sociais, a velocidade da informação é surpreendente;
- A onda de informações passa muito rápido. Segunda-feira era BBB, ontem era a Luiza, hoje o assunto é SOPA, e assim por diante.
- Filtros de informação são cada vez mais necessários. Não dá para acompanhar tudo, ao mesmo tempo.
Seja para rir, manifestar, denunciar ou se informar, as redes sociais definitivamente não são mais uma moda. Já estão inseridas no cotidiano de muitos e integradas as outros meios de comunicação. Emissoras de TV têm Twitter, Rádios estão no Facebook. E você? Vai esperar a Luiza voltar do Canadá para perceber isso? Se sim, é bom sentar lá, com a Cláudia.
